The eyes see true

Amor não é possessivo. Não agarra, não sufoca e não destrói liberdades.  Ele é livre. Livre de rótulos e de amarras.  Selvagem como a natureza.  Belo como o voo dos passáros ao nascer do sol. Amor não devia definir número. Amor não deviar ter limite no coração. Amor é multiplicidade.  Amor é respeitar a busca do outro.  É entender que cada um vive e existe de uma forma. É ficar feliz por saber que o outro é amado.  E também por esse sentimento ser espalhado. Amar é ver a beleza do amor sincero. Sem padrões.  Sem esperar que o outro atenda as suas expectativas.  Sem querer que o outro se prenda.  Amar é não impor.  Amar é não ter cíume. Amar não maltrata e não faz sofrer. Amar é se apaixonar no plural. 

Alguns dias passam como uma folha caíndo de um galho no outono. Outro dias passam como uma correnteza no mar agitado. E existem dias que a vontade de existir deixa de acontecer.  Nesses dias, eu me forço a levantar da cama e a dar alguns passos numa direção qualquer, em busca de qualquer coisa que me faça sentir. Qualquer coisa que me tire dessa dormência desesperadora, dessa escuridão que parece bloquear todos os sentidos. É como se esses passos fossem pesados e difíceis. Como se os olhos não enxergassem cores e como se os ouvidos escutassem sons melacólicos. Como se cada sorriso fosse um peso e cada lágrima um alívio.