Blasé
Em alguns momentos, eu me deparo com a minha total incapacidade de fazer a minha vida ter algum sentido. Enquanto em outros, tudo faz sentido e minha mente é clara como água cristalina. Isso dura pouco, claro. Nada na minha mente parece funcionar de uma forma lógica. Ao menos, nenhuma lógica que eu consiga decifrar. Muitas vezes, eu tenho tantas vontades e ideias, mas nenhum poder de realizá-las. É triste sentir que existe um mundo inteiro para ser explorado e não fazer ideia de que rumo seguir. Eu tenho milhares de possibilidades, mas nenhuma capacidade de decidir meu caminho. É estranho estar em um lugar e não conseguir pertencer. É um sentimento de ausência. As pessoas conversando ao meu redor e cada palavra se perder no vento. É como se meu coração não estivesse ali. Muitas vezes, eu me perco em pensamentos e sinto uma necessidade de ficar sozinha. Sinto aquela necessidade de me afastar de tudo e de todos. Eu não sei ao certo se faço isso por realmente quero ficar sozinha ou se espero que alguém vá comigo. Não sei se faço isso pela ausência, como se eu buscasse alguma coisa. Não sei o que minha alma deseja ou se ela deseja alguma coisa. Talvez, eu esteja quebrada de alguma forma e o tempo possa me fazer melhorar.
Conforme o tempo vai passando, fica mais difícil ter novas pessoas em minha vida. Não sei se eu me tornei uma pessoa fechada ou reservada, ou se talvez, eu realmente seja uma pessoa crítica demais e exigente demais. As pessoas sempre aparecem, mas eu não consigo aceitá-las do jeito que eu fazia quando eu era mais nova. Antes, todos tinham meus sorrisos e meu coração estava sempre aberto. Agora, é como se eu tivesse perdido a capacidade de colocar pessoas em meu coração. Não que elas não entrem nele eventualmente, mas antes era tudo mais simples. Não sei. Às vezes, eu não consigo me conectar. Sinto como se todas aquelas coisas não fizessem sentido algum, como se eu precisasse de algo mais profundo. De um elo que realmente me fizesse pensar. De uma conexão. De um fluxo. Eu sinto tanta necessidade de interpretar. De encontrar sentido nas coisas que muitas vezes não tem sentido algum, além daquele sentido óbvio. E eu me vejo como uma daquelas pessoas chatas, aquelas pessoas que ninguém quer ficar por perto. Uma pessoa que está sempre distante. Que quase não consegue esconder suas tristezas e incertezas. Que sente uma raiva profunda no peito, uma raiva não direcionada a ninguém. Uma raiva que não tem motivo pra existir, ou talvez tenha. Não sei. Talvez, não seja raiva. Pode ser só tristeza, mágoa.
Muitas vezes, sinto vontade apenas de existir, sem ter que pensar, sem ter que fazer, sem ter vontades. Às vezes, é isso que faço. Esqueço a faculdade, esqueço as pessoas e fico o dia inteiro imersa em uma letargia que me assusta. Não que eu não faça absolutamente nada, mas não faço nada que exija total funcionamento do meu ser. Nada que me faça encarar o mundo lá fora. Eu fico dentro do meu mundo, dentro de casa. O lugar onde eu posso desistir de fazer qualquer coisa, se assim eu desejar. Esse lugar no qual as pessoas não esperam nada de mim. É quase como se eu fugisse de alguma coisa. Medo, talvez. Não sei dizer. Até que meu lado sensato fala mais alto e eu me ponho a trabalhar novamente, deixando o torpor de lado e tentando seguir com a vida. Às vezes, eu vou para lugares sem ter vontade de ir. Eu acho que tudo isso faz parte de uma busca. Daquela necessidade de sentir alguma coisa. Eu sempre tive esses problemas. Nada nunca estava certo e nunca parecia completo. Mas agora, o vazio é tão grande que eu sinto um buraco em meu peito. Eu sinto essa incapacidade de pertencer a algum lugar e de me conectar com as pessoas. Eu não as odeio, claro. E muitas, eu gosto. Algumas, eu amo. Mas é como se eu fosse indiferente a tudo. E eu me sinto culpada por não conseguir estar em harmonia com o resto do mundo. Como se eu tivesse sempre procurando algo no lugar errado, como se eu estivesse sempre indo na direção errada. Não sei. Infinitos não sei. Mas de certa forma, eu espero que minha procura nunca acabe. Que eu encontre, sim, o que eu procuro agora, para que meu coração fique em paz e minha alma satisfeita. Mas que eu tenha sempre algo para procurar depois. Eu espero que com o tempo, as coisas que me atormentam agora, fiquem claras. Que meu coração se sintonize com o mundo ao redor e que volte a ter sorrisos para todos.
Conforme o tempo vai passando, fica mais difícil ter novas pessoas em minha vida. Não sei se eu me tornei uma pessoa fechada ou reservada, ou se talvez, eu realmente seja uma pessoa crítica demais e exigente demais. As pessoas sempre aparecem, mas eu não consigo aceitá-las do jeito que eu fazia quando eu era mais nova. Antes, todos tinham meus sorrisos e meu coração estava sempre aberto. Agora, é como se eu tivesse perdido a capacidade de colocar pessoas em meu coração. Não que elas não entrem nele eventualmente, mas antes era tudo mais simples. Não sei. Às vezes, eu não consigo me conectar. Sinto como se todas aquelas coisas não fizessem sentido algum, como se eu precisasse de algo mais profundo. De um elo que realmente me fizesse pensar. De uma conexão. De um fluxo. Eu sinto tanta necessidade de interpretar. De encontrar sentido nas coisas que muitas vezes não tem sentido algum, além daquele sentido óbvio. E eu me vejo como uma daquelas pessoas chatas, aquelas pessoas que ninguém quer ficar por perto. Uma pessoa que está sempre distante. Que quase não consegue esconder suas tristezas e incertezas. Que sente uma raiva profunda no peito, uma raiva não direcionada a ninguém. Uma raiva que não tem motivo pra existir, ou talvez tenha. Não sei. Talvez, não seja raiva. Pode ser só tristeza, mágoa.
Muitas vezes, sinto vontade apenas de existir, sem ter que pensar, sem ter que fazer, sem ter vontades. Às vezes, é isso que faço. Esqueço a faculdade, esqueço as pessoas e fico o dia inteiro imersa em uma letargia que me assusta. Não que eu não faça absolutamente nada, mas não faço nada que exija total funcionamento do meu ser. Nada que me faça encarar o mundo lá fora. Eu fico dentro do meu mundo, dentro de casa. O lugar onde eu posso desistir de fazer qualquer coisa, se assim eu desejar. Esse lugar no qual as pessoas não esperam nada de mim. É quase como se eu fugisse de alguma coisa. Medo, talvez. Não sei dizer. Até que meu lado sensato fala mais alto e eu me ponho a trabalhar novamente, deixando o torpor de lado e tentando seguir com a vida. Às vezes, eu vou para lugares sem ter vontade de ir. Eu acho que tudo isso faz parte de uma busca. Daquela necessidade de sentir alguma coisa. Eu sempre tive esses problemas. Nada nunca estava certo e nunca parecia completo. Mas agora, o vazio é tão grande que eu sinto um buraco em meu peito. Eu sinto essa incapacidade de pertencer a algum lugar e de me conectar com as pessoas. Eu não as odeio, claro. E muitas, eu gosto. Algumas, eu amo. Mas é como se eu fosse indiferente a tudo. E eu me sinto culpada por não conseguir estar em harmonia com o resto do mundo. Como se eu tivesse sempre procurando algo no lugar errado, como se eu estivesse sempre indo na direção errada. Não sei. Infinitos não sei. Mas de certa forma, eu espero que minha procura nunca acabe. Que eu encontre, sim, o que eu procuro agora, para que meu coração fique em paz e minha alma satisfeita. Mas que eu tenha sempre algo para procurar depois. Eu espero que com o tempo, as coisas que me atormentam agora, fiquem claras. Que meu coração se sintonize com o mundo ao redor e que volte a ter sorrisos para todos.
Comentários
Postar um comentário