Estranheza

É como se houvesse uma grande muralha entre nós. Uma muralha invisível que se materializa como silêncio. E eu fico ali sem saber o que falar. É como se tudo fosse completamente estranho e diferente. Como se eu não soubesse mais quem é aquela pessoa que está ali. Deve ser assim que as coisas funcionam. Deve ser assim que o coração dá um jeito no que nos faz sofrer. Torna-os estranhos aos olhos. Estranho aos sentidos. Até que, um dia, se tornam estranhos ao próprio coração. E o sentimento se esconde. Se retira lentamente. Extingue-se... 

                                                                                                   ...mas revive.